Em áreas como coaching ou liderança é muito frequente usar-se a expressão “passar do ponto A para o ponto B”, quando se estabelece um objetivo e em seguida se delineia uma estratégia para se ir do ponto de partida, o ponto A, para o ponto de chegada, o ponto B – o tal objetivo.
No entanto, eu uso a expressão num contexto um pouco diferente. Não se trata tanto de alcançarmos uma meta tangível, mas sim, de passarmos de um sentimento de mal-estar para uma situação de maior bem-estar e plenitude e a partir daí, conseguirmo-nos manter nesse estado, durante o maior período de tempo possível.
Comecei a utilizar este conceito quando dava aulas. Usava-o bastantes vezes, para explicar aos meus alunos como poderiam passar de um estado de tristeza, de preocupação ou de ansiedade, para um estado de alegria e confiança.
Desenhava no quadro da sala uma linha ascendente, que partia do ponto A, o ponto que representava a emoção negativa que estariam a sentir, continuando a subir até ao ponto B, que representava o estado de espírito desejável.
Chegando aí, a linha passava a andar em círculos, mantendo-se sempre no mesmo nível, simbolizando, assim, um apelo a manterem vivo esse estado emocional positivo, pelo máximo período de tempo possível.
Explicava-lhes que no fundo o processo era muito simples, bastava aperceberem-se – tomar consciência – do modo como se estavam a sentir, fazer algo que os fizesse sentir melhor, como rir, dançar ou fazer alguma coisa que lhes trouxesse uma grande sensação de bem-estar, e em seguida, procurarem ativamente manter-se nesse estado, como se estivessem a surfar, durante o máximo tempo possível.
Um dia, cheguei a uma aula e tinha um belo presente. Uma aluna tinha-me feito um modelo 3D do conceito que eu lhes havia falado. Um modelo simplesmente perfeito! Não só era muito bonito, como traduzia toda a magia de um conceito que, apesar de simples, é altamente poderoso.
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