
A maioria de nós passa a vida a evitar a dor emocional e tudo aquilo que lhe possa estar associado. Fugimos a sete pés da dor, convictos que assim lhe escaparemos. Refugiamo-nos no trabalho, na comida, na bebida, na vida social ou em qualquer coisa que nos evite lidar com o que se passa dentro de nós.
Se temos algo que nos causa mágoa, tentamos passar por cima disso por suspeitarmos que dessa forma conseguiremos evitar o sofrimento. Mesmo que a causa da dor emocional seja algo que aparentemente não conseguimos controlar, ao olhar de frente para o que está presente, poderemos tentar suavizar o modo como lidamos com isso e obter um pouco mais de paz.
Inconscientemente, tentamos fazer de conta que não há nada a fazer, a não ser “meter para dentro”e esperar que passe. Mas, passado algum tempo, aquilo volta a atormentar-nos e nem sempre de forma clara. Muitas vezes, a dor reaparece mascarada de outra história. Nunca resulta muito bem ignorarmos aquilo que nos faz sofrer.
Nem sempre estamos prontos para lidar com a dor emocional e muitas vezes precisamos de algum tempo até já estarmos em condições de a enfrentar. Mas a ideia de a ignorar totalmente, nunca é boa, simplesmente não resulta. Acabamos por a ter de enfrentar, mais tarde ou mais cedo. O melhor é tomar as rédeas do processo e lidar com o que é preciso.
Então, o que haveremos de fazer para não voltarmos mais tarde a ser atropelados por essa dor? Uma possibilidade é, depois de recuperarmos do primeiro impacto, olharmos intencionalmente para a mágoa e ver o que ela esconde, o que está agora aí disponível para ser assimilado. Investigar de uma forma objetiva o que está por trás dessa dor e ver o modo como participámos na situação, o nosso verdadeiro papel na história. Perceber que mesmo que tenhamos sido alvo da ação de terceiros, terá sempre havido uma parte do papel que nos coube a nós.
Geralmente a razão de fundo é medo, medo de não sermos amados, de haver algo errado em nós, de ficarmos sós, de não nos sentirmos suficientemente bons, de sermos inferiores aos outros... Normalmente, resultado de interpretações menos felizes que fizemos com base no que sabíamos na altura. Mas é bom lembrar que isso era o melhor que conseguíamos fazer com o conhecimento que dispúnhamos no momento.
O que é mais incrível é que, ao contrário do que pensamos, o processo de lidar com a dor emocional não tem necessariamente de ser doloroso. Dá trabalho e exige o nosso empenho, mas o processo em si não tem de ser penoso. Basta que passemos a observar aquilo que vem até nós de uma forma mais objetiva e desapegada, como se nos conseguíssemos ver de fora, com algum afastamento.
O processo de lidar com a dor pode até ser algo muito bonito e pacificador quando conseguimos olhar para ela de forma distanciada, mais consciente. Quando conseguimos responder à questão de fundo que nos causa dor, após termos perguntado muitas e muitas vezes porque nos sentimos magoados e ir de camada em camada até chegar ao cerne da questão, ao verdadeiro motivo da dor. Aí estaremos em condições de curar e seguir em frente, tendo compaixão connosco e sabendo que passamos a estar mais fortes e mais capazes de lidar com o que nos atormenta.
Tudo o que é preciso é dar o primeiro passo, acreditar que lidar com a dor é o“mal menor”e que é muito menos assustador ou doloroso do que imaginamos. Acreditar que vamos chegar ao outro lado da ponte mais ricos e com mais paz. Que só assim curaremos aquilo que nos consome, que nos deixa ansiosos, que nos priva de ter a vida maravilhosa que era suposto ter. Uma vida que apesar de não ser imaculada, é algo que vale mesmo a pena viver.

Não perca mais tempo, tome as rédeas da sua vida e concretize os seus sonhos. Comece a viver com mais sentido, seja mais confiante, alegre e abundante. Contacte-me, para eu o ajudar.
Irei acompanhá-lo no seu processo de transformação pessoal no qual se compromete a criar a melhor versão de si - uma versão mais consciente, feliz e realizada. A única versão que deveria existir!
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